Quinta, 24 de maio de 2012
O chute, esse famoso e antigo companheiro de todo candidato.
Última alternativa antes do erro, e com o próprio erro em permanente flerte.
O amigo da ignorância e daqueles que não estudam muito. Ou, companheiro inseparável na hora do esquecimento.
O chute, pouco reconhecido, sempre escondido e quase nunca confessado.
O chute é um sozinho e um injustiçado.
Já escrevi mais de uma vez aqui no Blog, e sou verdadeiramente defensor disso, de que o chute NÃO deve ser usado, pois o candidato deixa sua aprovação aos desígnios do imponderável.
É possível extrair a lógica da resposta do problema.
Mas isso é o que eu acho...
Na prática quase todos chutam. Isso é um fato!
Muitos candidatos escrevem perguntando se é possível chutar com alguma "técnica", com alguma probabilidade de acerto. Bem, é possível, e como este Blog está aqui para auxiliá-los, vamos conjecturar um pouco sobre essa "nobre" arte.
Mas desde já deixo claro que eu não sou um entusiasta disso!
Muito bem!
Observem o gabarito da penúltima prova objetiva:
Vejam agora esta contagem:
Letra A - 19 vezes
Letra B - 20 vezes
Letra C - 21 vezes
Letra D - 20 vezes
Total = 80 assertivas
Interessante, não é?
E tal equilíbrio nas respostas da prova objetiva é verificável em todas as edições do Exame.
Ou seja: há um equilíbrio nas questões.
Sempre acredito que o candidato consegue ir de forma mais clara na questão observando a lógica do enunciado, a lógica jurídica e eventuais tentativas de evocação do conteúdo anteriormente estudado.
Mas, por outro lado, não posso negar a realidade, que de fato existe um equilíbrio no número de alternativas corretas na prova objetiva.
De posse dessa informação, o que fazer?
Caso vocês cheguem a um determinado ponto da prova e resolvam chutar por não visualizarem mais questões passíveis de serem resolvidas com o conhecimento puro e simples, é possível chutar escolhendo a letra que tenha sido menos escolhida durante a resolução da prova.
Como último recurso, na ausência de capacidade de responder o resto da prova, observar essa lógica faz sentido.
Mas ressalto: é a última alternativa dentro da prova! Medida, digamos assim, de desespero. Busquem as respostas dentro da lógica jurídica e de seus conhecimentos, descartando antes respostas que não parecem ser adequadas.
Mas é certo que obedecendo essa regra vocês aumentam a probabilidade de fazer o chute dar certo.
Lembrem-se que, em regra, duas questões não costumam guardar muita correlação com o enunciado. Na hora de chutar levem isso também em conta.
E antes de chutar lembrem-se do mais importante: uma oração!
Amém!