PM condenado pela morte de Amarildo é aprovado no XXV Exame de Ordem

Sábado, 30 de junho de 2018

PM condenado pela morte de Amarildo é aprovado no XXV Exame de Ordem

Condenado a uma pena de 13 anos e sete meses de prisão por envolvimento na tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza, assassinado em 2013, na Rocinha, o major PM Edson Raimundo dos Santos, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, passou na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O oficial está preso no Presídio Vieira Ferreira Neto, antigo Batalhão Especial prisional da PM, e prestou exame para a OAB com autorização judicial, no último dia 10.

No entanto, ter sido aprovado no exame não significa que o policial militar esteja apto para receber a carteira da OAB. Para isso acontecer, de acordo com a Subprocuradoria da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, é necessário que ele primeiro entre com um pedido de inscrição do documento. Não há prazo estipulado de tempo para que isso ocorra, podendo levar até vários anos.

Amarildo de Souza

Depois que o pedido é feito, uma comissão de seleção da inscrição julga se o candidato cumpriu uma série de pré-requisitos, como estar em dia com as obrigações eleitorais e se tem idoneidade moral para receber o documento.

O oficial cumpre pena no regime semiaberto. Ele já ganhou direito de visitar periodicamente a família em datas especiais, como o natal e a páscoa.Um pedido para que o major fosse trabalhar fora do presídio chegou a ser feito à Justiça, mas foi negado pela juíza da Vara de Execuções Penais. Até agora, o PM já cumpriu mais de seis anos da pena que foi condenado.

Além do major Edson, outros 11 PMs também foram condenados pela Justiça pela morte de Amarildo. O pedreiro sumiu após ser levado por policiais militares para ser interrogado na sede da UPP durante a "Operação Paz Armada", de combate ao tráfico na comunidade, entre os dias 13 e 14 de julho de 2013. Seu corpo nunca foi encontrado.

Fonte: Extra