Exame de Suficiência de Contabilidade reprova 75% dos candidatos

Segunda, 22 de maio de 2017

Exame de Suficiência de Contabilidade reprova 75% dos candidatos

Para quem não sabe, não é só a OAB que aplica um Exame de Ordem. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) também tem um Exame para chamar de seu: é o Exame de Suficiência de Contabilidade.

Trata-se de um Exame bem mais recente, se comparado com o da OAB, pois foi criado apenas em 2010. Curiosamente, não atrai tanta atenção quanto o Exame de Ordem, em parte porque tem menos inscritos como também porque seus dados estatísticos não ganham uma divulgação ampla, ao contrário do Exame da OAB.

Ainda assim, as estatísticas do Exame de Suficiência estão começando a emparelhar com as estatísticas da OAB. A primeira prova de 2017 teve participação de mais de 46 mil pessoas e 25% de aprovados, ou seja, 75% de reprovação.

Foram aproximadamente 54 mil inscritos e cerca de 46 mil presentes.

O CFC se comprometeu a divulgar os dados estatísticos desta edição por Instituição de Ensino Superior, considerando número de inscritos, presentes, aprovados e reprovados.

Entre os Estados com maiores índices de aprovação estão Rio Grande do Sul (36,4%), Santa Catarina (36,3%) e Rio de Janeiro (34,9%). O número total de aprovados foi de 11.860 profissionais, e o exame teve 13% de abstenção.

A prova tem o seguinte conteúdo: contabilidade geral, contabilidade de custos, contabilidade aplicada ao setor público, contabilidade gerencial, controladoria, teoria da contabilidade, legislação e ética profissional, princípios de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade, auditoria contábil, perícia contábil, noções de direito, matemática financeira e estatística e língua portuguesa.

É interessante imaginar quais seriam os percentuais em outras profissões caso existissem mais provas de suficiência. E, a partir daí, ponderar se o problema é a prova em si ou a formação dos estudantes. Não tenho dúvidas de que as deficiências no Ensino Jurídico no Brasil são apenas reflexo de um problema estrutural que afeta praticamente todas as demais graduações do país, em especial no ensino superior privado, muito mais preocupado com o lucro do que com a qualidade do ensino em si.

Com informações do CFC.