Controlando a ansiedade com a chegada da prova da OAB

Quinta, 20 de junho de 2019

Controlando a ansiedade com a chegada da prova da OAB

Pressão emocional!

Sim, a prova vai chegando e a ansiedade vai crescendo proporcionalmente!

Como neutralizar essa pressão e chegar em boas condições emocionais na prova?

E como fazer isso sem achismos?

O interessante é ver que os especialistas em comportamento estabelecerem uma associação muito próxima da ansiedade com o MEDO, sendo que em alguns momentos é difícil distinguir entre um e outro. De um modo geral, a diferença entre os dois é que o medo deriva de um elemento real e tangível, enquanto a ansiedade depende de elementos mais subjetivos.

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A ansiedade no Exame de Ordem, em específico, é disparada pela percepção da proximidade da prova. Há dois meses atrás vocês estavam preocupados com a prova e estavam estudando. Eu usei o termo preocupado. Agora, faltando apenas duas semanas, a preocupação para muitas pessoas degenerou em ansiedade, e muito provavelmente, se não for feito um trabalho psicológico, em muitos candidatos o medo se instalará, vindo a prejudicar o desempenho na hora da verdade.

A partir das 19h de hoje iremos para mais um dia de MEGA REVISÃO, com transmissão direta na página principal do Blog Exame de Ordem ou do Youtube do professor Geovane Moraes.

Como vocês sabem, ele será gratuito e online!

Não precisa cadastrar e nem nada: só acompanhar diretamente!

Hoje será a vez da professora Cynara Barros, com Dirieto Internacional e Direitos Humanos!

Ansiedade e o medo, primos quase irmão neste contexto, precisam ser aceitos.

Por pior que seja a pressão ou a ansiedade, em seus mais variados graus, o primeiro passo é RECONHECER sua existência e entendê-la como um processo NORMAL do organismo.

Normal porque não se trata de uma escolha nossa. A ansiedade é, antes de tudo, um estado emocional derivado de algum fato interno ou externo que gera um desequilíbrio. Trata-se de uma reação fisiológica a um estado psicológico.

A partir do reconhecimento de que se trata de algo normal, compete ao examinando "normalizar" o sentimento. Como assim normalizar? Vejamos as palavras do professor Rogério Neiva:

Além disto, ao lado da tomada de consciência de que o fenômeno existe e pode estar ocorrendo ou vir a ocorrer com você, é preciso também entender que se trata de algo natural. Ou seja, é preciso normalizar o fenômeno, se convencendo de que não há nada de absurdo nisto, não só para que não se cobre e se penalize, agravando ainda mais o cenário psicológico, como também não se veja como uma pessoa problemática e pior que as outras.

Fonte: Controlando a ansiedade, o medo e a tensão pré-prova

Uma vez reconhecido que se trata de algo normal, ou seja, quem está ansioso não é nenhum E.T., deve-se partir para o segundo passo: reconhecer que a ansiedade pode ser um aliado neste momento!

Aqui podemos pensar na forma de neutralizar a ansiedade fazendo uso dela em si mesma! Confiram esta matéria do R7 sobre o aproveitamento da tensão na hora da prova da OAB:

Uma pesquisa defendida como tese de mestrado por um psicólogo gaúcho apontou um dado interessante: de um grupo de candidatos ao exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), uma parte dos aprovados na primeira fase tinha sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

O estudo, de autoria do psicólogo e mestre em cognição humana, Fernando Elias José, foi defendido no programa de pós-graduação em psicologia da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) em 2012. A pesquisa ouviu 117 estudantes ou bacharéis de direito que faziam custos preparatórios.

Nos aprovados, a tendência que encontrei é a de serem um pouco mais hiperativos do que a média. Foi um dado que chamou a atenção, porque normalmente o hiperativo não está focado para fazer um prova. [Mas] A gente parte do pressuposto que esse candidato é o que durante o estudo, não se conformou com o bê-a-bá e foi atrás de mais informações.

Fernando avalia ser fundamental ao candidato entender que é importante que haja um certo nível de tensão e estresse. O fundamental, porém, é administrar esse nível.

O psicólogo cita a lei de Yerkes-Dodson, desenvolvida em 1908 pelos psicólogos Robert M.Yerkes e J.D.Dodson, que estabelece uma relação empírica entre a tensão e a performance.

Você tem de estar em um nível de estresse mediano para poder ter uma performance excelente. E esse nível mediano vem da credibilidade [do que estudou], de saber o que está fazendo, de apostar na sua capacidade. Essa credibilidade e o nível médio de estresse são necessários [...] Me deparei com pessoas muitas vezes prontas só que com nível de estresse mais elevados do que precisariam pra ser aprovado. É importante se conhecer para chegar a esse estresse mediano.

Elias lembra que para se chegar ao nível "ideal" de estresse é preciso se conhecer. Ele defende que a tensão e o estresse são condições normais do candidato que está diante de um concurso com o significado da OAB sem a aprovação, o bacharel não pode atuar em nenhuma das áreas da carreira jurídica.

O psicólogo defende que a provação não depende exclusivamente do quanto o candidato sabe, mas de como ele administra a tensão e a ansiedade e o quanto conhece de si mesmo.

Quem passa não é quem necessariamente sabe mais, mas quem tem condições de lidar com a emoção na hora da prova, junto com o conhecimento que adquiriu.

Fonte: R7"

Engraçado, mas este estudo só corrobora o que é escrito aqui há anos. É impossível, como vocês estão bem sentindo agora, dominar inteiramente o stress, mas, se ele for colocado em um patamar razoável, racional, esse stress se transforma em um ALIADO!

Estão muito nervosos? Então controlem um pouco a pressão e aproveitem os benefícios que ela pode trazer.

A tomada de consciência do próprio nervosismo, em conjunto com a administração desse mesmo nervosismo e ansiedade para criar um estado de atenção mais apurado é a chave para neutralizar as emoções negativas e torná-las úteis neste momento.

Ademais, as fontes do medo, externas, são passíveis de serem neutralizadas, apesar, evidentemente, de não ser algo fácil.

Cobranças externas, em especial de parentes e eventuais comparações com amigos ou colegas também fazem parte deste componente e representa um fator de alta complexidade em termos de pressão.

Ninguém pega a própria mãe e bota para fora de casa só por que ela está azucrinando cabeça por conta da necessidade da aprovação. Mas, como fatores externos, estes podem ser afastados, neutralizados ou ignorados. Não tenho nem dúvida de que a pressão interna representa o pior dos obstáculos, pois o autocontrole é mais difícil no caso de uma ansiedade já instalada.

Não existem fórmulas mágicas, mas exitem ATITUDES convenientes aptas a afastar ou limitar as influências negativas.

Vencer a si mesmo, acima de tudo, ainda é o melhor caminho.

Curiosamente, vencer a si mesmo guarda estreita correlação com a adoção de atitudes compassivas: perdão, fé, coragem e humildade.

Não falo só da fé de ordem espiritual, por exemplo, mas também da fé em si mesmo, na capacidade de lutar e seguir em frente, de acreditar que na transitoriedade dos fatos e das circunstâncias, sejam boas ou más.

Precisamos perdoar, a nós mesmos e a própria vida, que nos priva dos nossos sonhos,  perdoar quem nos magoa, quem nos pressiona, das fontes de sentimentos negativos, e termos, junto com isso, a compreensão de que o futuro só é colhido se seguirmos em frente.

Precisamos ter coragem, coragem de enfrentar a vida e enfrentar de frente os desafios, até porque não dá para ser diferente. Ninguém poderá fazer a prova por vocês. Sabendo disto, porque então fraquejar? Não sabem que serão vocês a enfrentar o desafio? Diante dele não á alternativas: ou o faz de peito aberto ou naufraga.

Se é assim, então que seja de peito aberto. Entendam: não é uma condição emocional, e sim uma escolha! Escolham ser corajosos com seus próprios sonhos e desafios!

E precisamos ter humildade e reconhecer que nem sempre, apesar da fé, do perdão e da coragem. A vida sempre nos derruba e nós somos serem limitados por definição. Quando o resultado dos nossos esforços não forem os desejados precisamos fazer a autocrítica e encontrar nossas falhas, as razões pelas quais não colhemos o resultado pretendido.

Não somos heróis, sequer somos melhores do que os outros. Não precisamos nunca disso para crescer e sermos "vencedores", se é que este conceito é corretamente usado para quem "vence" na vida.

Vencer na vida, por assim dizer, é mera consequência para quem vence antes a si mesmo.

Vençam o medo e a ansiedade!

Eles, agora experimentados, decorrem da perspectiva de um futuro fracasso e da falta, talvez de uma postura mental mais compassiva.

O ponto é: se vocês fracassarem, irão desistir?

Se vocês não desistirem e derem continuidade à vida, lutando, para atingir a aprovação de forma honesta e digna, então TODO o medo deixa de fazer sentido.

Pensem nisso e conquistem a si mesmos.

A prova passará a ser nada.