Segunda, 7 de novembro de 2016
A longa estrada da preparação para o XXI Exame está chegando ao fim. Em 3 semanas os candidatos vão finalmente se defrontar com a prova objetiva, a última deste ano.
Talvez a pergunta mais comum neste momento esteja vinculada ao o que poderá ser essa futura prova: como a FGV poderá apresentá-la.
E essa pergunta é importante, pois ela define a baliza com a qual os candidatos precisam se guiar nos estudos. Afinal, a preparação está sendo efetiva no sentido de permitir a realização de uma boa prova no dia 27?
E sim, é possível ter uma antevisão da futura prova olhando para provas anteriores. Mais especificamente olhando para as provas do XIX, XX e XX (reaplicação de Salvador).
XIX
XX
XX (Salvador)
E por que essas 3 últimas provas?
Por dois motivos:
1 ? São as edições mais recentes. Por óbvio são as que refletem melhor o atual momento da banca e as últimas diretrizes passadas pela OAB;
2 ? Existe um ?gap? entre a prova do XVIII e a do XIX Exames. No XVIII ainda encontramos poucas questões conceituais, ou seja, sem a narrativa de um problema em concreto no enunciado. Já no XIX Exame esse tipo de pergunta simplesmente desapareceu, e isso se repetiu no XX Exame. Ou seja: a partir do XIX todas as questões são problematizadoras
Vejam um exemplo:
Observem que a narrativa contida no enunciado apresenta ao candidato um problema concreto, um caso a ser resolvido pelo candidato.
É esse o tipo de estruturação de problema utilizado pela banca atualmente, e ele será usado em 100% da prova, muito provavelmente.
Saber disto influencia, evidentemente, não só as questões a serem escolhidas para treino como também, em especial, o treinamento prático da gestão do tempo na prova.
Enunciados mais extensos demandam mais atenção e, claro, isso aumenta o desgaste durante a prova. Uma coisa é resolver 10 questões deste tipo; outra, resolver 80. A diferença ao final das 5 horas é gritante.
Na semana passada, por exemplo, publiquei um post sobre a diferença da prova de hoje para uma das primeiras edições do Exame após a Lei 8.906/94. Nem dá para dizer que é uma diferença, e sim um verdadeiro abismo:
Como era fácil a prova do Exame de Ordem há 20 anos
Enunciados mais curtos, respostas mais vinculadas a um conceito seco, complementar ao enunciado e uma menor quantidade de questões.
Houve, há alguns anos atrás, a redução de 100 para 80 questões na 1ª fase, supostamente a pretexto de fazer com que as 5 horas fossem melhor aproveitadas pelos candidatos. Já à época eu dizia que isso trazia em si uma armadilha, pois a banca faria uma compensação nas questões: não deu outra!
A quantidade de questões problematizadoras, com enunciados extensos, foi crescendo a tal ponto que hoje só temos esse tipo de enunciado na prova. E, claro, o percentual de aprovação não esboçou nenhuma melhora com tal ?bondade? da OAB.
De uma forma ou de outra, o momento agora é o de focar no próprio cronograma de estudo e ir treinando com afinco a resolução de questões, o carro-chefe dos estudos no Exame de Ordem.
É importante ir se acostumando, o quanto antes, com a estrutura da prova, suas nuances, para no momento da verdade a resolução das questões flua com o máximo de eficiência possível.
Neste momento é mais interessante reforçar os conteúdos que ainda não foram bem dominados ao invés de se priorizar aquilo que mais se domina. É nos pontos fracos que se retira a diferença na aprovação.