Quer ser aprovado na OAB? Seja então implacável nos estudos!

Terça, 13 de dezembro de 2016

O Exame de Ordem tem uma fama não muito boa, e disto vocês sabem muito bem. A prova representa um grande de um desafio para quem está terminando a faculdade em razão da sua dificuldade, e os percentuais de aprovação são sempre baixos. Eu que acompanho o Exame desde 2008 com o Blog, já vi provas devastadoras, como a do IX Exame, em que menos de 8% dos candidatos passaram na 1ª fase. A reprovação foi tão severa que a OAB, então pela primeira vez, não publicou a tradicional lista preliminar de aprovados. Só publicou a lista final, após anular 3 questões e jogar o percentual de aprovação para a faixa dos 16%.

Aquela foi a pior edição, entre tantas outras de má fama. Incluindo, é claro, a atual, cuja reprovação foi altíssima.

A natureza da prova criou não só sua fama mas também uma legião de estudantes e bacharéis que levam várias e várias edições para serem aprovados. Mais do que isso, criou uma outra legião de candidatos que simplesmente não conseguem ser aprovados. Segundo a FGV, praticamente quase metade dos candidatos que já fizeram alguma vez o Exame da OAB não conseguiram até hoje ser aprovados.

No 3º volume do estudo "O Exame de Ordem em Números", material editado pela FGV, das 16 edições do Exame (II ao XVII), 1,91 milhão de inscrições foram contabilizadas ? o equivalente a uma média de 119 mil inscritos por edição e 359 mil a cada ano. No referido intervalo de tempo, 639 mil pessoas participaram das provas. Desse contingente, 360 mil examinandos (56%) foram aprovados no Exame de Ordem.

Esse percentual leva em conta as diversas tentativas dos candidatos em serem aprovados. A regra, por edição, é que algo em torno dos 22% dos inscritos sejam aprovados.

Eis o óbvio: a prova reprova e assusta.

Mas mesmo sendo o que é muitos candidatos conseguem a aprovação. Estamos para chegar a marca de 1 milhão de advogados e isso só pode ocorrer se muitos são aprovados, apesar das dificuldades.

E se eles podem vocês também poderão. Isso inclui também os candidatos que há muito tentam e não conseguem.

Em meio ao oceano de aprovados temos aqueles aprovados logo na primeira tentativa, sem cursinho e nada. Temos também os aprovados na segunda tentativa, na quarta, na nona e assim vai.

Temos os inteligentes e os esforçados. Temos também alguns preguiçosos e os sortudos. Temos candidatos com TDAH e depressão, ricos e pobres, os que estudaram em faculdades públicas e nas ?Uniesquinas? da vida.

Tem de tudo!

E se é assim, vocês também podem ser aprovados, apesar das dificuldades.

E por que vocês não passaram ainda?

Não sei, e nem tenho como saber caso a caso.

Talvez não tenham estudado o suficiente, ou foram anteriormente injustiçados pela banca, não estavam em um bom dia, o emocional prejudicou. Enfim...qualquer razão.

Independente da causa, a reprovação é sempre PESSOAL. Quem reprova é o candidato, e só ele. E é assim pelo simples fato dele, e somente ele, amargar as consequências da própria reprovação.

A aprovação pode, e geralmente é, dedicada a alguém, mas a reprovação é como um filho feio ? ninguém assume ? mas ainda assim, por mais feia que seja, ela pertence exclusivamente ao reprovado.

A reprovação, meus caros, não tem pena de ninguém.

Ela pode despertar raiva, autocomiseração, depressão, o sentimento da injustiça, o que for. Mas, ainda assim, ela não tem pena de vocês.

E, a bem da verdade, nem mesmo vocês devem ter pena de si mesmos. E não devem porque a culpa, mesmo aparentemente ser externa (como no caso de uma reprovação injusta) no fundo é do próprio candidato, que não conseguiu um desempenho ainda melhor em sua prova, também porque culpa a banca não vai objetivamente mudar nenhuma realidade.

Quem vai fazer a prova, seja pela primeira vez ou após várias tentativas, não pode se dar ao luxo de ser condescendente  consigo mesmo, seja na hora da preparação, na hora da prova ou na hora de uma possível e hipotética futura reprovação.

O destino não tem pena de ninguém! E a OAB também não!

Quem quer ser aprovado, portanto, tem de ser IMPLACÁVEL consigo mesmo!

Sim! Vocês, mais do que a prova, do que o destino, do que qualquer infortúnio, tem de ser verdadeiramente DUROS consigo mesmos.

Isso significa dizer que toda a preparação tem de ser verdadeiramente rigorosa. Que os cronogramas têm de ser seguidos, que as aulas adquiridas ou os livros comprados precisam de fatos ser estudados, que NENHUMA distração torne-se prioridade diante do objetivo maior.

Sabem quando se está estudando e dá aquela vontade de olhar o WhatsApp? Pois é! Ao fazer isso se está sendo frouxo com o próprio propósito.

Sabem quando se está estudando após uma duas horas e dá uma vontade de fazer alguma outra coisa para dar uma ?relaxada?? É o cérebro brigando com o seu objetivo, é o cérebro querendo um refresco.

Sabem aquele feriadão, aquela balada, aquela festa? Elas não vão ajuda-los a serem aprovados.

Caçar Pokémon é legal, mas eles não agregam de verdade nada consistente ou de valor perante o objetivo da aprovação.

Vocês encontrarão toda a sorte de motivos para NÃO estudar. E se vocês forem BENEVOLETES consigo mesmos, vocês vão inexoravelmente FRACASSAR.?

E VÃO MESMO!

O bom estudante é aquele dotado de uma metodologia de estudo eficiente e de DISCIPLINA! E a disciplina deriva diretamente de privações, restrições e aceitação implícita de comandos pré-definidos.

Se no campo de batalha um comandante dá uma ordem a um soldado, ele, o comandante, espera ver a ordem cumprida, e o soldado, mesmo ciente do risco de morte, irá executar o comando dado.

Isso é disciplina: fazer o que precisa de ser feito na hora certa!

E para isto é preciso abrir não de comodidades, facilidades e agrados a si mesmo. E isso vai doer!

Sim! É preciso ser implacável consigo mesmo, negar alívios e refrescos focando no objetivo maior.

Ser implacável consigo mesmo representa o reconhecimento das próprias fraquezas (naturais em qualquer ser humano) e a luta feroz para se seguir o caminho da aprovação.

Dedicação, esforço, privações e foco são EXCLUSIVAMENTE resultados da própria VONTADE!

Não são elementos externos. Não estão vinculados à sorte ou ao destino.

Não estão sujeitos ao acaso e nem aos caprichos da dupla OAB/FGV.

Sejam implacáveis na preparação e o resultado virá!

Isso não é achismo, mandinga ou autoajuda! É fato!

Paguem o preço e vejam o resultado.

Ela, a aprovação, será inevitável.

Ainda há tempo para iniciar os estudos para o XXI Exame de Ordem! Ainda dá tempo apra começar a preparação para a 2ª fase do XX Exame.

Comecem AGORA!