Compensa fazer dois cursinhos para a 2ª fase da OAB?

Quinta, 9 de maio de 2013

bifurcacao[1]

Uma pergunta tem surgido com uma relativa frequência , e ela reflete a preocupação de muitos candidatos com uma preparação boa o bastante para assegurar a aprovação: Compensa fazer dois cursinhos para a 2ª fase da OAB?

A ansiedade de alguns é tão grande que estes resolvem fazer dois bons cursos para a 2ª fase achando que vão apreender mais e melhor o conteúdo, preparando-se melhor desta forma.

Não é bem por aí...

A primeira dificuldade está em conciliar dois professores com metodologias diferentes. Isso não dá certo. A escolha do professor deve ser feita em parte pela confiança depositada nele e também pelo feedback com colegas que estudaram anteriormente com este ou aquele professor.

É a melhor forma de se inteirar da qualidade de um curso preparatório.

Afora os problemas de choque metodológico, o candidato vai saturar a sua agenda de estudos, deixando de consultar outras fontes  relevantes ao longo do processo de preparação.

E aqui vamos para o óbvio: fazer dois cursos cansa.

Mais do que cansar, se preparar para a OAB envolve também LER doutrina específica para a prova da 2ª fase como também resolver MUITOS exercícios e elaborar quantas petições forem possíveis.

A preparação nunca deve ser feita com base exclusivamente no curso. Ela precisa ser mais abrangente.

O curso, evidentemente, ensina a peticionar corretamente, aborda os temas importantes, dá um norte FUNDAMENTAL na preparação, mas o processo de aprendizagem não pode ser estanque, seja o curso ou o professor que for.

O candidato deve escolher um bom curso de sua preferência e confiar nesta escolha. Afinal, tudo em excesso faz mal.

Falando nisto, surge um segundo aspecto: qualquer curso preparatório serve?

Existe um mercado para o Exame de Ordem?

Óbvio que sim!

Como existe uma demanda pelos cursos, os cursos existem para atender essa demanda. A prova tem suas especificidades e os examinandos sabem perfeitamente disto. Logo, procuram profissionais que possam ajudá-los no desafio.

Uns criticam os cursos por "explorarem" os examinandos. Nada mais longe da verdade e nada mais maldoso. Procurem um aprovado no Exame que tenha feito um curso preparatório e ele provavelmente se referirá aos seus professores como mestres, demonstrando no mínimo gratidão.

E qualquer curso serve?

Isso depende...

Depende da carteira do examinando e das referência que ele tem. O mercado está repleto de cursos e estes oferecem uma gama bem distinta de carga horária, profissionais e preços.

Como escolher aquele que atenderá suas expectativas?

Vamos primeiro estabelecer algumas premissas básicas:

1 - Curso nenhum sozinho aprova o aluno. Um bom curso e um aluno esforçado, dedicado, é que propiciam a aprovação;

2 - Curso nenhum pode dar garantias de que proporcionará uma aprovação certa. Ensino é atividade-meio e não atividade-fim. Se um curso GARANTE a sua aprovação, ou ele tem conexões astrais poderosas ou o marketing está equivocado. Desconfie.

Se vocês fizerem uma pesquisa não muito aprofundada, verão que existem muitos cursos que são os melhores, que mais aprovam e que são os maiores. São muitos primeiros lugares para apenas um podium. Não se deixem fascinar por este tipo de retórica.

Dito isto, procurem antes de escolher um curso consultar colegas ou internautas sobre a qualidade do ensino ofertado. O boca a boca e a informação colhida DIRETAMENTE com colegas ou pessoalmente é a melhor forma de estabelecer uma baliza. Deem preferência para advogados recém-aprovados no Exame, pois estes têm uma experiência positiva e real para passar, e o feedback deles será certamente o mais abalizado.

De uma forma ou de outra, procurem fazer uma escolha racional precedida por uma boa pesquisa antes, sem pressa e sem ansiedades. Agora, quando falo sem pressa, abram o olho, falta pouco mais de um mês para a prova. Não posterguem muito mais a decisão!

O tempo, quando falamos do Exame de Ordem, é um artigo de luxo.

Não o desperdicem!