Quarta, 18 de janeiro de 2017
Somos livres para falarmos o que quisermos e manifestar nossa opinião, certo?
Certíssimo!
Só que as pessoas também são livres para nos julgar e se posicionarem em função do que nós falamos. E se elas não gostam do que pensamos, a conta pode vir salgada.
Conforme está sendo noticiado na mídia, O advogado Arthur Fuks, que havia sido nomeado para ocupar um cargo de assessor na Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos do estado do Rio de Janeiro, não chegou a assumir o cargo após críticas sobre seus posicionamentos políticos e sociais.
Fuks compartilhou em sua página pessoal no Facebook as postagens abaixo:
Marielle Franco, eleita para a Câmara de Vereadores pelo PSOL, criticou a nomeação:
"Mais uma nomeação absurda nas secretarias de Crivella: Arthur Fuks, o rapaz dos prints, foi nomeado como assessor para a Subsecretaria de Inclusão Produtiva da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. A nomeação chega a ser irônica. Ao falar de inclusão e reinserção de ex-presidiários, Fuks sugere que seres humanos virem adubo. Também diz que gostaria de "fazer uma limpa" em "mendigos", sugerindo que matassem pessoas em situação de rua. Que tipo de assistência social é essa? É com esse tipo de mentalidade na secretaria que a prefeitura vai cuidar das pessoas?"
As redes sociais são ótimas para amplificar a divulgação do que pensamos, mas somos permanentemente julgados por isto. O pensamento do advogado em relação a bandidos está longe de ser incomum: na realidade trata-se de um posicionamento que encontra guarida no coração de muitas pessoas, irritadas com a altíssima criminalidade vivenciada por todos nós no país.
Entretanto, o fato de adotar uma linha simpática ao pensamento dominante não assegura a ninguém a imunidade quanto ao que é dito.
As redes sociais, lembrem-se, amplifica imensamente a imagem que deixamos transparecer de nós mesmos. É preciso ponderar muito antes de escrever algo.